segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

O Santa Cruz perdeu sem o TCN

Segue abaixo planilha com detalhes da perda do Santa Cruz por não ter tido o Todos Com a Nota (TCN) na final da série C.
 
20112013
JOGOPÚBLICORENDAJOGOPÚBLICORENDA> PÚBLICO
SubidaSANTA CRUZ X TREZE    59.966R$ 1.010.860,00SANTA CRUZ X BETIM    60.000R$ 1.392.610,00
SemifinalSANTA CRUZ X CUIABÁ    27.367R$ 259.905,00SANTA CRUZ X LUVERDENSE    29.519R$ 446.965,007,86%
FinalSANTA CRUZ X TUPI    54.815R$ 754.760,00SANTA CRUZ X SAMPAIO    33.887R$ 887.845,00
PÚBLICO PROJETADO COM O TCN    54.123
PERDA DE PÚBLICO ESTIMADA SEM O TCN    20.236
 
 
Sobre a planilha faço as seguintes considerações:
 
1. O programa não "vicia" o torcedor, como alguns alardeiam por aí. É só compara os públicos antes de 2007 e se verá quie o oprograma trás um público a mais e não substitui o público pagante. Portanto, com a retirada do TCN o público cai, mas apenas voltando para os patamares históricos.

2. A séire D de 2011 é a mais comparável com esse ano, pois o clube foi campeão pernambucano, tirando o hexa do Sport e subiu, depois de quedas sucessivas.

3. Por isso, temos público muito parecidos no jogo da subida e na semifinal, observando uma motivação ainda maior esse ano. Então o que explica essa queda de público na final? A única coisa diferente foi o fato de não ter o TCN. Assim, se aplicarmos o mesmo percentual de aumento de público da semifinal, teríamos 59 mil torcedores. Mas como em 2011 foram 20 mil TCN e esse ano seria apenas 15 mil, o público projetado seria 54 mil. Interessante perceber que sem 15 mil TCN o clube perdeu 20 mil torcedores presentes. Esse fenômeno já foi observado quando o Náutico ficou fora do brasileiro e teve média de público de 3 mil. Foi voltar ao TCN e o público subiu para 13 mil, embora só tenha sido 8 mil de TCN. Ou seja, o TCN, além de não diminuir o público normal do clube ainda aumenta o público pagante. Por que isso? Porque o torcedor gosta de casa cheia. Qunado mais ele sabe que vai dar de público, mais ele se motiva a ir a campo.

4. Dessa maneira, considerando o valor médio do ingresso, considero que o clube teve uma perda de mais de R$ 300 mil reais pela não adesão ao TCN.

5. Na semifinal, as perdas financeiras por não jogar na Arena pode ter chegado a mais de 500 mil reais. É bom lembrar que Náutico (enquanto lutava por classificação) e Sport tiveram médias de público maiores na Arena do que em seus estádios (público! Se for falar de renda então...). Isso não é "achismo". São números, dados verificáveis. Ou seja, o preconceito contra a Arena não tem guarida nos fatos. Pois os números demonstram que os torcedores se sentem motivados para ver seu time jogar na Arena, além de aumentar o ticket médio.

Sou defensor do Santa Cruz, jogar no seu estádio. Porém, devemos melhorar as condições de recepção. Os banheiros estavam alagados de urina, corredores escuros e com cidadãos urinando por ele. Isso, nas sociais, o sustentáculo do clube.

Sou a favor de, no mínimo, higiene e segurança. É realmente, o mínimo necessário. Luxo, para locais de luxo, como camarotes e cadeiras. Mas, no Arruda, por ter sido um estádio construído nos anos 70 do século passado, isso passa longe. Um único elevador, lento e que não inspira confiança. Uma escadaria estreitíssima, que deveria servir apenas para os poucos jornalistas.

Para piorar, existe um contrato entre clube e Governo, e que deveria ter sido honrado. Se assinou algo que garantia dois jogos na Arena, que fossem realizados. Se não concordava, que não assinasse. Ou não leram.

Não tenho carta do Governo do Estado, tampouco da Arena Pernambuco. Muito pelo contrário. Era, sim, a favor que o Arruda fosse o palco da Copa do Mundo. Porém, protesto contra a atitude (1) de não cumprir um contrato e (2) perder público e renda. Que custaria um jogo semi-final que, historicamente em séries menores (C e D), tem um decréscimo de interesse, ser disputado na Arena Pernambuco?

Claro que, não quero criar polêmica, principalmente, pós mais um objetivo do futebol conquistado e devidamente muito comemorado pela nação Santa Cruz. Porém, minha visão de gestor, apontaria para um jogo das semi-finais na Arena, o que garantiria o TCN na final. Ganharíamos nos dois lados. Isso, pensando muito em levantar dinheiro para o clube que, conforme é alardeado por todos os dirigentes, tem muitas dívidas e poucos contratos que lhe rendam bons recursos. Seria uma negociação dura mas, com tato, inteligência, todos ganhariam, conforme visualizado na planilha acima.

Sergio Travassos 
Profissional de marketing e comunicação e ex-gerente de marketing do Santa Cruz.
 

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Tronadon é vendida


A Tronadon, uma das mais importantes empresas têxtil desportiva do Nordeste mudou de mãos. O antigo proprietário, Gustavo Albertim, não resistiu ao assédio da Carol Esportes, e bateu o martelo.

A troca no comando da empresa, para a marca, será ótima, ao meu ver. A Carol Esportes, é uma empresa sedimentada no mercado pernambucano de vendas de materiais esportivos, possuindo também gráfica rápida e empresa de promo. Isso vem a complementar setores necessários à Tronadon, para crescer regionalmente.

Mais ainda, muda-se o comando e a mentalidade corporativa ganha fôlego, mantendo a criatividade, pois o novo proprietário é bastante aguerrido nos passos que dá. E tem mais, o antigo proprietário, assumiu as vendas, um dos setores que menos funcionava na antiga gestão.

Por citar a gestão, pela conversa que tive com o antigo e o novo proprietários, ela manterá a alma da empresa, mas buscará colocar a marca Tronadon, em um novo patamar, buscando novos clubes e novos mercados. Além disso, a Tronadon irá ganhar destaque nas vitrines das lojas Carol Esportes, afinal, a empresa terá uma noção de mercado que não tinha antes. Em breve, posto entrevista com o novo proprietário da tronadon.

O que seu clube faz por você?



Além daquela alegria indescritível que é envergar as cores do seu clube de coração e torcer com todo amor, o que mais seu clube faz por você? A Roma, está conclamando o torcedor a votar na terceira camisa. Algo bastante comum, diga-se, mas que sempre aumenta número de acessos nos sites, gera buzz, aumenta visibilidade e dá aquele sentimento de participação, muito importante para os torcedores. Talvez seja o máximo que muitos clubes por aqui conseguem entender como participação fora das arquibancadas.

O Grêmio, está programando viagens para unir e conhecer melhor seu torcedor. Louvável. Corinthians, no Brasil, é o clube que mais vezes se utilizou desse artifício e que melhor resultados obteve. No Atlético-PR, se você é sócio, recebe mimos e convite para assistir com sua família, ao jogo no camarote presidencial. O Juventude, pequeno clube de Caxias, no Rio Grande do Sul, todos os meses, tem encontros, bingos, festas, torneios, para sócios e possíveis sócios. Gerando um sentimento familiar.

Por aqui, o que os clubes do Nordeste, andam fazendo? Não estou perguntando sobre convocar para jogo ou ação social (muito importante, diga-se). Muito menos a belíssima campanha da Brahma, que muitos clubes, sequer, informam ao seu torcedor/sócio. Mas o que estão fazendo para lhe cativar realmente? Vou investigar isso e deixo aberto para debate com minha dúzia de três ou quatro leitores.

terça-feira, 6 de agosto de 2013

Uninassau receberá o Recifumesa


O Recifumesa chega à 13ª edição, com um importante apoio: a Uninassau. Uma das maiores instituições de ensino do Brasil, e com forte histórico de apoio às mais variadas modalidades desportivas, será a casa do Recifumesa, maior competição aberta de futebol de mesa do Nordeste, e organizada pela Federação Pernambucana de Futebol de Mesa - FPFM.

A organização do evento, já informou que as inscrições estão superando as expectativas. "No primeiro dia de divulgação do evento, obtivemos rapidamente, 12 inscritos de fora do estado", comemorou o diretor técnico da FPFM, Normando de Araújo Campos. Mas, até a publicação desse texto, o número chegou aos 22 inscritos de fora e mais 20 de Pernambuco.

A FPFM, está programando com o departamento de esportes da Uninassau, a colocação de mesas e instrutores na semana que antecede ao evento, para demonstrações do jogo na sua regra nacional (1 toque por jogador) e oportunizar aos alunos momentos de diversão. Os alunos interessados em participar do evento, também poderão adquirir times e jogar com os grandes mestres desse desporto.

O Recifumesa ocorrerá nos dias 24 e 25 de agosto, nas salas do ginásio central do campus do bairro das Graças.


segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Garra fecha com o América Pernambuco



A jovem marca de materiais têxteis de Pernambuco, a Garra, acaba de fechar contrato com o tradicional clube do América, que completará 100 anos em 2014, e que luta para volta à primeira divisão. Assim, a marca consegue uma visibilidade ímpar, justamente pelo clube ser quase centenário, ser simpático às outras torcidas e, principalmente, ao meu ver, ter um clube tradicional em sua linha de materiais.

Agora, espero que a Garra, consiga colocar para vender nas lojas os produtos desse valoroso clube que, até bem pouco tempo, estive no front prestando serviços. Sucesso aos dois lados.

domingo, 4 de agosto de 2013

Sport entra a Puma e a Adidas



A guerra entra a Puma e a Adidas, já foi mais contundente, como vimos no livro Invasão de Campo: Adidas, Puma e os Bastidores do Esporte Moderno, de Barbara Smit.  A Adidas, é um império que trava batalhas épicas contra a poderosa e agressiva Nike. Por sinal, os números impressionam a cada ano. Por outro lado, a Puma já esteve melhor. Recentemente, teve uma queda grande de vendas.

Esta queda mundial, levou ao fechamento de alguns PDVs, incluindo a loja própria do Shopping Recife, apenas para citar um exemplo próximo a nós. Na contra-mão, a Filon, empresa brasileira que detém a marca no mercado nacional, promoveu uma migração interna de sua outra marca, a Lotto, para Puma, nos uniformes de Goiás e Paysandu, como informamos em primeira mão aqui no MUO!.

Nessa encruzilhada, encontra-se o Sport Recife, um dos clubes regionais que mais vendem produtos, ao lado do Bahia e do Santa Cruz. O Rubro-negro veste Lotto, e a Filon, negocia a mesma migração de marcas, passando a vesti-lo com Puma. No entanto, para o up-grade, o clube pede, corretamente, um aumento de aporte financeiro.

E pensa além. Buscou a Nike e, agora, flerta há uns três meses com a Adidas. Segundo informações daqui de Pernambuco e de São Paulo, a Adidas estaria muito interessada em ter clubes regionais fortes em vendas e, como o marketing do Sport é dos mais organizados e ativos, abriu diálogo que é promissor. Porém, o Sport quer entrar em 2014, com a nova fornecedora, enquanto a Adidas mira mais adiante. Outro fator é a pedida financeira. Mas isso é sempre algo que demora a ser resolvido.

A questão é que a Filon, está há muito no clube e, salvo a centralização de vendas em suas próprias lojas (na Ilha do Retiro e em Boa Viagem), vem sendo uma boa parceira com, inclusive, influência política. Assim, o mais provável é que a Puma aporte na Ilha, mas não quer ser uma "tampão", e esquentar banco para quando a Adidas quiser chegar. Se a Puma entrar, estrategicamente, deve prorrogar o contrato por mais uns três ou quatro anos, aumentando a rescisão para caso a marca das três listras demonstre real interesse no clube.

Assim, o clube tem um DOCE problema sobre a mesa: Puma ou Adidas? E os torcedores já estão começando a ficar em polvorosa, pois são suas marcas fortes e que agregam valor ao projeto e, consequentemente, à marca Sport Recife. Vou acompanhar bem de perto o desenrolar para poder pitaquear por aqui.


Correria



À dúzia de três ou quatro leitores, sei que estavam órfão do Marqueteiro é Uma Ova!, mas faz parte da vida de um blog não profissional, esses hiatos. Pois bem, estava envolvido em dois projetos difíceis e que me tiraram do rumo um pouco. Porém, estou voltando a escrever por essas bandas, tentando também que outras pessoas venham a se apropriar do blog para, juntos, trabalharmos em busca da divulgação, debate e democratização do conhecimento.

Sem sucesso nessa missão, tentarei me disciplinar a escrever por aqui, pelo menos, três vezes por semana.

Espero que gostem e, com comentários, sugestões de pauta, indicações de livros, me incentivem a continuar a escrever.


sexta-feira, 1 de março de 2013

Puma vestirá Paysandu


A Puma será a fornecedora de materiais esportivos do Paysandu. Para o clube, um up-grade, sem dúvida. Para a Puma, chance de voltar a ganhar visibilidade no Norte. 


O Paysandu vestia a Lotto, marca  que no Brasil é da Filon, coincidentemente, a mesma detentora da marca Puma. Ou seja, uma mudança que poderemos considerar interna. 

E pelo desenho atual do mercado, a Puma deverá ter, pelo menos, um clube em cada região. Assim sendo, há grandes chances do clube do Nordeste a sentir a mudança estratégica da Filon, ser o Sport Recife, clube de maior expressão da fabricante.

Essa mudança seria de grande importância para o marketing do clube, pois o valor agregado da marca Puma é, sem dúvida alguma, maior que o da Lotto. Mesmo com a queda vertiginosa da marca Puma globalmente, diga-se. E era um sonho antigo do torcedor rubro-negro, vestir uma marca dessa grandeza. Mas, claro, o mercado muda e já existem outras marcas rondando o Leão. Não seria surpresa se a Lupo entrasse na jogada, pois está indo às compras. Esperemos para ver.

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Parasitas do futebol



Muito se fala das torcidas organizadas. Em sua maioria, comentários negativos. Aqui, teço o meu comentário: são grupos terroristas. O mais importante nesse post é dar opinião para a extinção dessas torcidas organizadas que põem terror pelas grandes e, agora, pequenas cidades do Brasil. Apertar onde dói mais: o bolso.

Juntas, as torcidas organizadas, apenas em Recife, faturam mensalmente cerca de 400 mil reais. Tem mais sócios que os clubes que dizem apoiar.

Esses números demonstram dois pontos que destaco. O primeiro, sabem fazer dinheiro às custas da marca do clube. É um CNPJ com marca própria, se utilizando de marcas de outrem para lucrar. Apenas no futebol vemos isso, pois esses grupos se disfarçam de torcedores mas, do ponto de vista do negócio, são concorrentes dos clubes.

Pior, não pagam nada por isso, sequer, ao clube cuja marca fica manchada por arruaças, assaltos, depredações, arrastões, assassinatos. Torcida organizada é parasita dos clubes, sobrevivendo às custas deles e sem pagar royatie algum.

Outro ponto é a incompetência crônicas dos clubes em fazem sócios, os verdadeiros sustentáculos de qualquer associação desse tipo. Não lançam campanhas estudadas, nem reestruturam clubes, não oferecem novidades atrativas.

Portanto, essa celeuma toda em torno das torcidas organizadas pode ser minimizada em (1) tratá-las como grupos terroristas, (2) obrigá-las a pagar 15% de royalties aos clubes, (3) fiscalização total em todo o seu processo, (4) punir clubes e dirigentes que derem ingressos à torcedores ou financiarem viagens, bandeiras, etc, (5) tratarem quem faz algo errado como qualquer cidadão, com punição exemplar, não gastar com esforço policial e soltá-los após o jogo. Além de fichar realmente de todos os envolvidos.

Agora, o governo federal tem que criar e fiscalizar uma linha de crédito para modernização dos estádios para que clubes criem mecanismos de segurança, desde ingressos anuais, até câmeras funcionando, para evitar marginais em seus recintos. 


quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Heineken: the candidate


Entrevista para vaga de estágio de uma forma Heineken. Fantástica ideia, planejamento e ação final. Deixa qualquer um fã da marca. Principalmente sendo ela apoiadora de vários grandes eventos desportivos. Como diz um amigo meu: "isso é bom pra tomar uma".



O prejuízo de Sport e Santa Cruz


Assistindo às partidas de Sport e Santa Cruz no último final de semana, pela Copa Nordeste e enquanto a tormenta assolava seus inquietos torcedores, comecei a pensar no quanto cada clube poderia ainda arrecadar com a chegada à uma semi-final. Por sinal, uma semi-final entre os dois clubes de maior torcida em Pernambuco. Quase "frevi" minha cabeça. 

No dia seguinte, analisei bastante as lamentações dos dirigentes e um deles frisou e comentou bastante sobre o prejuízo que o clube teve com as impensadas eliminações, em quase que, Arrudazzo e Ilhazzo. Ele mencionou que o clube poderia, ao chegar à final, ter um faturamento de 1,5 mi de reais.

Ledo engano. Foi muito mais. Afirmo nesse texto que não sou economista, nem matemático, nem tive acesso aos números fidedignos para chegar aos números que elencarei adiante, até porque clube algum os tem.

Antes de chegar aos assustadores números, tenho que citar alguns números, esses reais e facilmente conseguidos no site da CBF. Abrirei abaixo os números dos dois clubes na Copa Nordeste.

Sport Club do Recife

Renda bruta: R$ 791.025,00 (média de R$ 197.756,25)
Renda líquida: R$ 508.266,06 (média de R$ 127.066,51)
Público total: 64.154 (média de 16.038)

Santa Cruz Futebol Clube


Renda bruta: R$ 1.154.515,00 (média de R$ 288.628,75)
Renda líquida: R$ 791.764,64 (média de R$ 197.941,14)
Público total: 91.758 (média de 22.940)

Agora vamos queimar o juízo para falar do prejuízo. O primeiro fato importantíssimo é que em um clássico na semi-final, os ingressos seriam majorados pois, mesmo com transmissão pelas TVs aberta e fechada, sempre temos grandes públicos no Clássico das Multidões. Seriam jogos que, cobrando 40 reais a arquibancada, não seria absurdo algum, dada a motivação inerente a esse clássico.

Outro ponto é que as vendas de produtos dos clubes aumentariam consideravelmente. E nisso, falo dos uniformes oficiais e demais produtos, seja em lojas/quiosques dos clubes ou no mercado em geral. 

Junta-se a isso o aporte das TVs e patrocinadores por se avançar a mais uma fase, patrocínios pontuais, valorização da marca no mercado e também a dos atletas e seus passes, prestígio e contentamento do seu torcedor (muito importante para fazer a roda girar), por baixo, nossos clubes, juntos, deixaram de arrecadar, apenas com a semi-final, cerca de 9 milhões de reais.

Óbvio, que não seria um dinheiro que entraria pelas portas diretamente. Seria uma renda que deixaria contente três bases dos clubes: TV, parceiros e torcida. 

Imagine isso com um dos dois chegando à final? Não coloquei aqui os cálculos, pois seria muito longo e são números imprecisos, apenas o raciocínio é importante nesse post. Um raciocínio que os dirigentes, muitas vezes, não conseguem ter. É por isso que ainda estamos na era da pedra em relação ao negócio do futebol. E não cito isso nem em comparação aos europeus, asiáticos ou estadunidenses. Cito em relação aos clubes do Sul e Sudeste.












terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Efeito Beckham



A Synthesio, elaborou pesquisa que foi publicada pelo jornal francês L´Equipe mostrando o impacto da contratação de David Beckham pelo PSG. Esse estudo buscou medir apenas o interesse pela notícia nas redes sociais.
Beckham gerou 297.055 menções na web, sendo 86% no Twitter, em apenas duas semanas. A Inglaterra lidera com 41.463 menções, seguida pela França com 28.188. Apenas 14% do total foram citações negativas em relação ao jogador.
No âmbito global, a Europa mencionou a transferência de Beckham 95.432 vezes, seguida pela América do Norte (39.691) e América do Sul (15.411). Levando-se em consideração que mais de 3 mil camisas já foram vendidas com o nome dele, promete ser mais um campeão de vendas, mesmo que o futebol não seja mais de alto nível.
Porém é, por si só, uma aula de como escolher um atleta para investir. Ele é uma marca global, bom "menino", apesar das tatuagens. Melhor, extremamente previsível em suas ações, gerando uma tranquilidade para o investidor. Uma aposta inversa à de Baloteli, cujos atos podem gerar enorme repercussão que poderá ou não ser utilizada positivamente.

Cielo deve anunciar novo patrocinador



O atleta da natação César Cielo, deverá anunciar um novo patrocinador para o PRO 16, equipe formada com alguns dos melhores atletas do desporto no Brasil.

Esse novo apoiador se juntará à outras grandes marcas, são elas: Avanço, Embratel, Correios, Audi e Gatorade. Pelo que conversei com algumas pessoas da natação local, a aposta é que uma empresa do setor bancário esteja quase fechando com essa equipe de elite. Estou tentando marcar entrevista com Cielo para colher mais informações e, caso consiga algo, postarei aqui.

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Balotelli: a força de um nome



Segundo o site do Gazzetta Dello Sport, Após duas horas do anúncio da contratação de Mario Balotelli, pelo Milan, o clube Roso-nero já havia vendido cerca de mil camisas com seu nome. O Super Mário, como é conhecido, tem um nome poderoso entre os fãs. Seu mal humor é classicamente hilário e isso atrai os torcedores. Isso, junto ao fato dos dirigentes europeus saberem pensar o marketing estrategicamente, rende lucros, muitas vezes. 

Parece inocência, mas o fator venda de camisas influi demais na hora de investir em um atleta. Contratam X, pois irão ganhar tecnicamente Y e financeiramente W, para fecharem a conta. Existe conexão entre marketing e direção, na maioria das vezes. Bem mais do que vemos aqui no Brasil.

Falta muito para os clubes brasileiros, especialmente os nordestinos, atingirem um nível de profissionalismo ideal para o início de uma mudança real na gestão de suas marcas. Isso, bem sabemos. Quais são os ídolos dos nossos times? Um nome aparece e já é descartado no primeiro abano de verdinhas. 

E, mesmo quando o ídolo de fato existe, como fazer com que o investimento gere retorno financeiro em todas as áreas, se nem camisa personalizada o atleta possui? 

Imaginemos que um clube do Nordeste tivesse feito uma contratação "bomba". Que tal Kaká? Como o torcedor comum reverteria recursos para o clube por esse investimento? Existem várias maneiras. A mais simples seria ele ter uma camisa exclusiva e o torcedor pagaria a mais para ter seu nome e número gravados. Mas nem isso fazemos, querida dúzia de três ou quatro leitores.

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

#fazhistoria

Conforme adiantado pelo meu twitter e linkedin, a Penalty, após 11 anos, volta a vestir o São Paulo F. C.. Para celebrar esse investimento milionário (http://www.penalty.com/noticias/noticia_SP.jpg), a fornecedora convoca o torcedor Tricolor a lotar uma arquibancada virtual no seu facebook. 

É a campanha #fazhistoria, que tem tudo para ser um grande sucesso. Para uma empresa que investirá tanto em um clube, a Penalty terá que criar inúmeras ações visando transformá-la em vendas em pouco tempo.

Interessante que o São Paulo fechou com a Penalty (39 milhões de reais por ano até 2015) e o Atlético-MG fechou com a Lupo (por 12 milhões/ano). Isso demonstra que os clubes estão visando mais o dinheiro no caixa que a força internacional da marca.

À primeira vista isso é mais do que correto, óbvio. No entanto, algum deles mediu o interesse do principal agente de um clube: seu torcedor. Conversei com vários torcedores do Galo e todos detestaram a entrada da Lupo e estão temerosos com o desenho, qualidade e capilaridade das vendas.

Agora, só resta relaxar o bigode e esperar. Que serão dois sucessos de vendas, sim, claro, mas...