segunda-feira, 19 de julho de 2010

Psicologia do mercado consumidor - Sergio Travassos

Acredito que os colegas já devem ter lido algo ou, pelo menos, ouvido falar de um simpático e inteligente expert em globalização, Kenichi Ohmae. Bem, ele é um dos que defende que a psicologia positiva dos consumidores/cidadãos, pode afetar o mercado, também de forma positiva, claro.

Ele também acrescenta que, em um mundo onde as fronteiras reais estão bem menos nocivas ao tráfego de dinheiro, precisamos de planejamentos calcados no consumidor final. Ohmae, é crítico dos estudos tradicionais sobre macroeconomia. Os que trabalham com altas de juros e tal.

Seguindo essa linha, ele é crítico constante das estratégias tomadas pelos governos do Japão e, há algum tempo, dos Estados Unidos. Nessas duas mega economias, falava-se e fala-se muito em retração, problemas, temor de um futuro próximo.

Aí entra a psicologia. Com esse desenho sendo mostrado à população, existe uma retração forte, causada pelo medo de tudo que foi conquistado, se perder. Para piorar, nessas economias, as pessoas já possuem vários produtos (TVs, notebooks, carros, Blue Ray, etc), piorando a situação.

Seria a hora de, talvez, seguir um pouco o discurso do presidente brasileiro que, mesmo em situações econômicas complicadas. Lula, criou uma atmosfera positiva contagiante. É certo que, por sermos economia em desenvolvimento, nos falta muito dos sonhos de consumo. Pior, nos falta cultura, conhecimento, educação.

Mas temos o principal, um discurso positivo que nos fazem bastante animados com o futuro. Mas apenas isso nos levará a um bom destino? O futuro parece dourado para o Brasil, mesmo com todos os gargalos a que nos acostumamos e que, somente agora, por conta de competições desportivas (Panamericano, Copa do Mundo, Olimpíadas), estão causando celeuma nos jornais.

Creio que, com o discurso positivo, ainda poderemos crescer muito e movimentar a economia interna e externa. Porém, meu medo é quando voltarmos à realidade. Espero que a psicologia positiva continue, pelo menos, até conseguirmos ter consciência dos problemas que precisaremos resolver para nos tornarmos realmente grandes.

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